O dia se esgueira, espichado para trás. E o mundo se demorando em voltear o Sol. No varal, roupas voando longe. A tarde, deitada na rede, se balança inerte. Tudo dorme na poeira das obras que teimam em recomeçar. As folhas entram em casa, não param de cair. Ainda que o jornal diga: “é primavera”. E o vento anuncie, em desajuste, que acabou setembro.
No meu coração impontual segue esse alvoroço silencioso de quem ainda espera o ano começar.
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